Casal faz sucesso nas redes sociais mostrando como é viver em um barco.

 09/09/2022

Casal faz sucesso nas redes sociais mostrando como é viver em um barco.

Formas alternativas de moradia e viagem se destacaram bastante durante a pandemia, o que fica nítido devido ao aumento dos adeptos ao motorhome, por exemplo. E que tal morar em um barco? Michel Icart e Marina Rosa levam exatamente esse tipo de vida, velejando por todo Brasil. Os dois se conheceram em um intercâmbio universitário do programa Ciência Sem Fronteiras, e, por meio dele, passaram um ano e meio em Syracuse, cidade no interior do estado de Nova York, nos Estados Unidos. Únicos do grupo de intercambistas brasileiros que cursavam Design, eles se identificaram de primeira, tanto que quatro meses depois, começaram a namorar.

“Durante o intercâmbio, mesmo com as finanças limitadas, economizávamos em tudo para conhecer outros estados dos EUA nos feriados. Imaginávamos como seriam nossas vidas após o retorno ao Brasil e temíamos entrar na rotina de trabalho num escritório em um grande centro urbano. Não queríamos ver nossa juventude passar sem vivê-la ao máximo e conhecer mais do mundo que chamamos de casa. A experiência fora do país nos mostrou que poderíamos sonhar e correr atrás de um estilo de vida que unisse trabalho, moradia e viagens. A primeira ideia foi um motorhome, até que numa tarde de devaneios sobre o futuro, o Michel propôs: ‘E se fosse um barco?’”, relata ela.

Para conseguir realizar esse feito, Marina explica que foi necessário muito planejamento e dedicação por parte dos dois, afinal comprar um barco não é exatamente a tarefa mais simples do mundo. Após se formarem, os dois embarcaram em trabalhos como fotógrafos em cruzeiros justamente para se familiarizar com a realidade dos mares. 

O casal atualmente possui um perfil no Kwai com mais de 554 mil seguidores que acompanham o dia a dia dos dois, destacando-se no segmento de viagens. Porém, até chegarem a essa marca, muitos perrengues entraram no caminho, principalmente porque morar em um barco é uma mudança bastante radical em termos de estilo de vida e conforto, principalmente. “A adaptação para morar em um veículo de esporte/passeio nem sempre é fácil, mas no nosso caso foi mais tranquilo do que imaginávamos. Depois de quatro anos de planejamento para estarmos ali, a ida para o veleiro foi a realização de um sonho. Porém é impossível se fazer uma mudança de vida tão drástica e não se deparar com dificuldades”, explica Marina. 


Ela ressalta que as primeiras dificuldades foram com alimentação, banhos e tarefas do dia a dia que são banais em uma casa, mas precisam de uma logística muito própria quando se está no meio do oceano. No barco deles, por exemplo, não tinha geladeira, então adaptaram toda a alimentação por conta disso e viveram assim por um ano e meio, até estarem em um barco um pouco maior.

E a solidão? Afinal, passar bastante tempo no mar, apenas na companhia um do outro pode acabar sendo uma jornada bastante isolada, de modo geral. Ao ser questionada sobre isso, Marina confidencia que a comunidade náutica é muito grande e unida, seja em mar ou em terra, então é fácil ter acesso a algum tipo de apoio sempre que for necessário.

Para o futuro, Michel e Marina estão mirando em um novo barco, com conceito e sistema próprios para garantir mais conforto, funcionalidade, proteção ao meio ambiente, e é claro, manter-se sempre em movimento. Hoje os dois estão projetando um terceiro barco, que será um catamarã sustentável pensado para morar a longo prazo e viajar pelo mundo todo.

"Ele será feito de alumínio para melhorar a resistência e durabilidade e terá diversos sistemas que otimizam a vivência a bordo, incluindo desde sistemas simples como captação de água da chuva, até soluções tecnológicas como produção de peças em 3D no próprio barco. Será um barco conceito que trará inspirações a serem aplicadas em outros barcos e até mesmo em casas e apartamentos, mostrando que é possível viver causando menos impacto ao ambiente, de forma criativa e saudável, sem abrir mão do conforto e utilizando a tecnologia a nosso favor. A ideia é cutucar, inspirar, aprender, questionar, experimentar, errar e criar”, conclui.

Fonte: turismo.ig.com.br


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